24 março, 2009

Novo Encontro

Tenho me distanciado do dinossauro.
Tanto do blog que fiz à ele, como dos seus livros.
Estava lendo "Na fogueira", livro de mémorias de Joel Silveira.
Parei na metade.
Não consegui terminar de ler, devido ao retorno das aulas, e o número escandaloso de indexes (que também não tenho conseguido ler).
Mas o livro está lá, naquela prateleira repleta de livros sobre jornalismo.
Às vezes, eu pego, só pra ler uma página.
Saciar brevemente minha necessidade de seus textos.
Mesmo assim, estou afastada dele.

Mas na quarta-feira passada, dia 18/03, na aula de rádio, me encontrei novamente com ele.
A professora, Izane Mustáfa, estava exibindo o documentário Chatô (Assis Chateaubriand).
Cheguei 20 minutos atrasada na aula, porque estava conversando com um amigo.
Assim que sentei, apareceu ele.
Soltei um gritinho de alegria, a sala inteira olhou pra mim.
Joel Silveira estava contando quando Chatô, o mandou para cobrir a guerra.
Eu já conheço todos os detalhes dessa história.
Mas eu chorei. Chorei quietinha.
Minha amiga notou e fez cara de descaso pela minha paixão à Joel Silveira.
Chorei de emoção por ver ele.

Fiquei feliz pelo nosso novo encontrado, assim de um jeito inesperado, como na primeira vez que nos vimos.
Ele é fantástico.

Acho que a minha monografia será sobre ele.
E a cada dia tenho mais certeza disso.

02 fevereiro, 2009

Dinossauro


Há cinquenta e cinco milhões de anos, como é sabido, um asteróide chocou-se com a Terra e matou todos os dinossauros. Todos não. Eu escapei.

Filosofia

É o que sempre digo: bocejo, logo, existo.

Joel Silveira

13 janeiro, 2009

O que a pátria nos dá

Meu amigo resmunga:
- A mim a pátria só deu o que dá compulsoriamente a todo mundo: um hino e uma bandeira...

Ridículo

É no mínimo ridículo uma pessoas terminar de escrever suas memórias e continuar vivendo.

Inaceitável

Jamais aceitarei o fato, uma das mais clamorosas injustiças da natureza, de certas pessoas (entre as quais me incluo) viverem tão tanto e as borboletas, tão pouco.

12 janeiro, 2009

Jânio



Sempre que eu indagava ao finado Jânio Quadros, numa entrevista encomendada ou num bate-papo informal (e isso aconteceu uma dezena de vezes) sobre os verdadeiros motivos de sua renúncia, ele bebia mais um gole de uísque, guardava teatralmente um ou dois minutos de silêncio e depois respondia, grave e fúnebre:


- A você, Joel, eu conto.


E lá vinha com uma história sempre diferente das anteriores.

Dedicatória

Jamais consegui ler um livro dedicado pelo autor "aos meus queridos pais" e "à minha devotada esposa"

Epitáfio

Sugestão para o meu epitáfio: Aqui jaz um desafortunado que em vida não conseguiu ler Guerra e Paz no original.

Lição

Envelhencendo e aprendendo: é não saindo de casa que a gente acaba sabendo das coisas.

Cúmulo

O cúmulo do ridículo e do grotesco: um marmanjo alto, gordo e barrigudo tocando cavaquinho.

Óbito

O telefone toca:
- Fulano morreu.
Bocejo:
- Novamente?